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Fortes!? Por quê?

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 20:09:10

Quantas vezes. Quantas vezes escutamos de nossos pais, desde pequenos, também de nossos amigos que nós temos que ser forte. Bem, temos sido fortes, fortes até de mais, homens e mulheres de aço, ou quem sabe até pior, de adamantium. Mas a pergunta que fazemos é: Por quê parece que falta algo? Por quê  esse vazio? Por quê ainda estamos ainda a procurar algo? Afinal de conta estamos a ser fortes.


O fato é que a vida não quer que sejamos fortes. Mas alguns de nós diriam: "Más eu preciso ser forte para enfrentar a vida! Eu preciso! ".


Paremos tudo que estivermos a fazer. Façamos silêncio. Sem pensar em nada. Agora vamos olhar mais profundamente.


Seria talvez a vida nossa inimiga?


Seria talvez a vida algum tipo de problema?


Algum tipo de obstáculo?


Algum tipo de câncer?


Pensar que para viver precisa ser forte, precisa ser corajoso, é sofrer. A vida quer que nós sejamos íntegros, mas não fortes ou, em outras palavras, resistentes.

A vida não é nossa inimiga. Alguns de nós diríam: "Acontece tantas coisas ruíns ao nosso redor!". Sim, acontece muitas coisas ao nosso redor. Mas quem disse que elas são ruins? O que acontece na vida é para o nosso bem. Não importa o que, sempre é para o nosso bem e o bem do próximo. Poderíamos retrucar: "Mas eu fui, humilhado! Eu fui roubado! Mataram meu irmão! Como isso não pode ser ruim?!". Olhemos com o coração. Tais coisas não aconteceram por acaso, tudo, absolutamente tudo tem um propósito e o propósito é o amor.


Vejamos bem, quem nos humilhou? Quem?! Talvez alguém pegou o sentimento chamado humilhação e colocou dentro de nós. Parece improvável. Então de onde vem a humilhação? A humilhação vem de dentro de nossa mente. Fomos nós que nos sentimos humilhados pelo que o outro nos tem feito.  Não deixe que o que o outro faça mexa com tua paz interior, não importa o que o outro está a fazer, é direito dele, ele é livre.


Fui roubado!? Tentemos olhar com o coração. Se algo nos foi tirado, foi tirado para que nós não nos apeguemos às cosias ao nosso redor. Não possua nada, mas experimente tudo. Não é que não tenhamos que não ter nada, pelo contrário, tenhamos tudo, mas não nos apeguemos a nada, se nos apegarmos a algo, aquele algo torna nosso dono e com isso sofremos. A vida é desapego. A vida não é possuir, é compartir. Não condenemos aquele que nos tem roubado, aquele lindo ser está a nos ensinar algo, a lição do desapego. Só que muitas vezes não enchergamos isso. Isso é amor, ele está a nos ajudar a sermos melhores.


Mataram meu irmão! Poderiámos dizer. Novamente, olhe com o coração para esse fato, para todos os fatos. Meu irmão era muito precioso para mim, carne da minha carne, sangue do meu sangue. Éramos felizes juntos. Ah quantas rizadas! Quantas aventuras! Que companheiro! Pois bem, muitos de nós, a maioria, precisa perder algo muito valioso para poder aprender a perdoar. Nada é por acaso na vida, lembremos disso. Foi me tirado algo que eu, amava para que eu experiencie a fúria da indignação da minha mente, ou seja, aquela dor de ter perdido algo de valor. Para quê? Para que eu vença a minha mente que quer punir a tudo e a todos e faça o que ela não quer. Minha mente não quer que eu escute o coração, ela quer guerra, ela quer justiça humana. Mas o coração quer o quê? Ele quer que nós perdoemos a quem nos tem tirado o que amamos. Pode ter sido num acidente, apesar de acidentes não existirem. Pode ter sido alguém. Não importa, se foi alguém, perdoemos esse alguém, ele está apenas a pedir que nós deixemos que o amor cresça dentro de nós.  Mas precisava matar?! Poderíamos perguntar.  Querido, como é que nós iremos nos libertar da falta de amor se não ouver algo que nos coloque à prova?


Muitos dizem amar, mas amam com a mente, e a mente quer ser dona de tudo, quer julgar tudo. Para dizer a verdade a mente se apossa das coisas, ela não ama. Como vencer esse sentimento de posse dela se não me for tirado algo? É nesse ponto que a mente se indigna. Mas também é nesse ponto em que nós podemos escolher entre o coração e mente. Se escolhermos o coração nós estaremos em paz e o amor floresce. Mas, se ao invez escolhermos a mente, nós entramos em sofrimentos e angústias intermináveis. Atentemos que é mais fácil escolher o coração. Quem nos tira algo, nos tira esse algo para que nós vençamos a mente e nos entreguemos ao coração, o coração não possui nada, mas tudo lhe pertence.


Entreguemo-nos ao coração, ou seja, ao amor e abrir-nos-ão as portas do paraíso. Quando nós nos entregarmos totalmente ao coração, acontecimentos que muitos chamam de ruins desaparecerão de nossas vidas, porque nós deixamos de ser crianças e crescemos para o amor.

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