Decepção?! Não! Isso é tolice!
Publicado em 07 de fevereiro de 2013 às 18:42:25
Lá estávamos nós a nos comprazer com uma pessoa a qual dizemos amar. Temos depositado toda a nossa confiança sobre ele, em um dado momento a decepção se faz presente. Aquela grande pessoa não era nada do que pensávamos. Quem é que nunca sentiu isso? Mas o que o humano não sabe é que quando pintamos um quadro de alguém. O pintamos a nosso modo e esperamos e, às vezes, quase sempre, vamos mais longe e exigimos que aquela pessoa se comporte conforme o quadro que temos pintado dela.
Não é preciso pensar para ver o que há de estranho aqui - sou contra pensar. Tal comportamento é tão somente uma grande falta de amor àquela pessoa que temos pensado que amávamos.
Por quê motivo se decepcionar é falta de amor?
Ora, está explícito de forma gritante de que estávamos a tentar controlar os passos de aquela pessoa.
Temos construído uma imagem dela baseado em conjecturas e temos tomado tal imagem como real e lançamo-na sobre aquela pessoa a quem dizemos amar como que disséssemos: "Eis aqui como deves proceder!". Isso é loucura! O mundo é louco e quase todo mundo faz isso. Não porque queremos, mas pelo fato de que nos foi ensinado que é assim. Foi-nos ensinado que a vida funciona assim. Nossos pais e professores - aqueles com os quais aprendemos a nos mover nesse não espaço chamado vida - estavam doentes e nos legaram a sua doença. No entanto a temos aceito de bom grado, pois éramos inocentes, éramos criança. Não tínhamos defesa contra tal modo doentio de perceber as coisas. Mas isso não é desculpa para continuar com essa loucura. Já jomos bem crescidos e cabe a nós mesmos nos libertar dessa doença. É preciso querer isso. Essa doença é tão somente a falta de amor para consigo mesmo e para com o outro.
Até quando haveremos de querer controlar o mundo a nossa volta? Até quando vamos exigir que o mundo aja de um determinado modo? Até quando vamos exigir que as pessoas pensem a nosso modo? A resposta é que isso, esse estado doentio, vai perdurar enquanto não formos capazes de amar o outro e a nós mesmos e permitirmos que ele e também nós sejamos aquilo que devemos ser aqui e agora.
O não-controle é o caminho. O que é isso senão amor?