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A mulher sempre por cima

Publicado em 30 de maio de 2012 às 18:07:34

Tanto homens quanto mulheres gostam do contato físico. Para o homem, a maioria esmagadora, o contato físico em si já é o bastante, não é necessário um envolvimento emocional. No entanto, para as mulheres, o envolvimento emocional vale tanto quanto, ou até mais que o contato físico. Não é de se admirar que elas sintam não se sintam felizes no relacionamento a dois. Parece que falta algo. A verdade é que falta sim, falta amor, envolvimento. No entanto, o homem não gosta de se envolver e muito menos demonstrar seus sentimentos.


Os homens tem medo de deixar os sentimentos aflorarem. Foram muito feridos no passado, em uma época em que as mulheres dominavam a terra. Aquele período antecede aos nossos registros históricos, por isso não há registros desse período. Mas esse período no qual as mulheres dominavam o sexo masculino de forma opressora e até letal, em alguns casos, deixou marcas profundas na alma masculina. É desse período que vem essa rivalidade inexplicável entre o masculino e o feminino no que diz respeito ao poder.


O homem, de algum modo, percebe que o demonstrar os sentimentos é perigoso, pois mesmo inconsciente, leva consigo as memória de aquela era. É por isso que os homens não se envolvem emocionalmente e tenta sempre dominar fisicamente. Até o comportamento dele durante o sexo é mecânico em um empurra e puxa meio animalesco sobre o belo corpo da mulher. Como se quisesse terminar logo o que está a fazer. Para ele sentir prazer basta. Sentir aquele alívio do pós sexo é o bastante. Há lógica nisso? Onde está o amor  em um relacionamento no qual o masculino aje como um animal sobre um ser delicado e lindo que é a mulher? Isso é tratá-la como um mero objeto sexual? É claro que é ilógico. É inconcebível que assim seja. A mulher, por outro lado, aprecia o envolvimento tanto do físico quanto álmico. Esse tipo de relacionamento produz energia infinita capaz de elevar tanto o masculino quanto o feminino.


Há vários fatores que comprovam que a posição do seminarista, ou seja, a posição em que o homem domina a mulher por estar sobre ela não é apropriada. Umas delas é que não tem como o homem saber qual é o ponto onde haverá de se chegar ao clímax do orgasmo na mulher, é impossível. Mas a mulher sabe qual é o ponto, pois ela pode senti-lo. No entanto, melhor seria se a mulher estivesse sempre por cima e procurasse por si mesma aquele ponto que só ela conhece. Essa posição não só é correta como preserva a  dignidade do corpo delicado da mulher. Um outro fator que também comprovam a veracidade de tal posição é que deste modo todo o corpo da mulher, o qual é todo erótico, fica disponível e ao alcance das mãos do homem e, deste modo ela pode ser acariciada durante o sexo. Quando na posição do seminarista isso não era possivel, pois tal posição ignora o fato de o corpo da mulher ser delicado e erótico. Nessa posição, como estava sobre ela, não havia como acariciá-la pois os braços são usados como apoio para o empurra e puxa animalesco. Seria tudo um acaso? Mais  uma vez eu repito: não há acasos, tudo tem o seu propósito.


Por ser o homem um ser de ação, nesses momentos em se que precisa ter uma certa magia, um certo envolvimento, ele deve permanecer fora de ação e, nesse momento, a mulher que não é um ser só de ação, mas é mais emoção, será uma espécie de guia. Irá guiar o seu parceiro e a si mesma ao êxtase. Tudo isso em um clima de calma com ambos a respirar lenta e prolongadamente a procurar sempre o fundir com o outro tanto quanto emocional for. Para tanto as carícias são essenciais. Nesse tipo de relacionamento não há perda de energia, pelo contrário há um incremento energético em ambos e não é de se surpreender se o ato se tornar duradouro e atingir o clímax várias vezes.


O ser humano ocidental ainda não sabe o ganho para a alma ao se tocar o outro desse modo, esse tipo de toque é um portal que nos eleva a níveis conscienciais mais elevados. É um modo de fundirmos com nós mesmos através do outro. É amor pois o benefício que se dá a si mesmo é, ao mesmo tempo dado ao outro, não é de se admirar pois todos somos um e a mesma coisa.


Até quando a posição do seminarista irá dominar a humanidade? É uma posição animalesca que não enobrece de modo algum o belo ser chamado mulher. Praticá-la é uma falta de amor para com o outro e a si mesmo.


Amemo-nos!

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