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Amar a si mesmo

Publicado em 07 de fevereiro de 2012 às 03:48:24

Por quantas vezes dizemos amar a nós mesmos. Será mesmo? O que vem a ser esse tal “amar a si mesmo”? Há muitos indícios no nosso dia a dia de que não estamos a fazê-lo. Podemos estar a nos culpar por algo, alguma coisa ou alguém. Podemos estar a nos rotular ou criticar. Podemos estar a nos sentir arrependidos por algo que temos feito ou gostaríamos de ter feito, por algo que temos dito ou que gostaríamos de ter dito. Podemos estar a procurar fora ou no outro aquilo que reside no interior, como o amor, a felicidade, o sentir-se bem, a abundância etc.


Amar a si mesmo é permitir-se ser, é permitir que o outro seja, é permitir que tudo seja aquilo que é. O que vem a ser “permitir ser”? Permitir ser é aceitar tudo como é, é não resistir a nada e a ninguém, é não lutar contra nada e ninguém. A resistência, a luta e tudo o que se opõe a algo, alguma coisa ou alguém é algo que separa. Não que separe realmente pois é impossível separar o que é uno e indivisível, ou seja, aquilo que todos nós somos.


Ao se tentar separar o inseparável estamos a tentar viver uma realidade ilusória. Fazemo-nos um objeto, ou melhor, pensamos que fazemos e colamos um rótulo sobre nós mesmos e dizemos: “esse sou eu”. Nós não somo aquilo que pensamos. Pensamento é limitação. Como não se pode rotular o não rotulável e muito menos descrever o indescritível, sentimo-nos sempre incompletos a querer algo, alguma coisa ou alguém que nos dê o sentimento de sermos completo. É um procura vã. Não fazemos a menor ideia que aquilo que procuramos ou queremos é simplesmente ser o que somos, ou seja, plenitude, tudo o que é. Estamos a procurar a nós mesmos no universo.


Como saber se estamos a amarmos a nós mesmos? É simples, é super simples. Nós temos o que podemos chamar de “GPS do AMOR”. O que vem a ser essa coisa? Essa coisa são os nossos sentimentos, só isso. São nossos sentimentos que nos dizem se estamos a amar ou não. Todas as vezes que estamos a nos amar nós sentimos felicidade, prazer, bem estar, alegria, calma, tranquilidade, suavidade. Se, do contrário, não estamos a nos amar nós sentimos raiva, ódio, irritação, ciúme, inveja, descontentamento, tristeza, mal estar físico e mental, desprazer, depressão etc. Esse GPS do AMOR nunca falhou em éons de tempo e o que é melhor ele não depende de satélite e nem precisa recarregar. Não é o máximo!


Para que tanta correria querido?! Para! Olhemos para nós mesmos, observemos o que estamos sentindo, o que o nosso GPS está a nos dizer, nós não estamos largados no universo à própria sorte não, nós temos ferramentas para nos guiar. Tiremos um tempo para o que realmente importa nesse universo, ou seja, nós mesmos.


Eu te amo sem “PORQUÊS”, portanto, ama-te a ti próprio.

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