Perdoar é imputar erros
Publicado em 07 de abril de 2013 às 12:40:01
O anos se passam, nossa consciência se eleva e percebemos que a injustiça é apenas um pesadelo que tínhamos quando éramos inconscientes. Neste pesadelo tem um personagem chamado "perdão". O perdão é muito cultuado pelos humanos e tido como algo lindo e bom de se fazer. Parece, mas nós aprendemos a ver além da mentalidade e por incrível que pareça, o perdão é uma das maiores violências que se pode cometer ao outro. É um destilado de falta de amor concentrado servido em taças de cristais para parecer mais nobre.
Por quê perdoar é violência para com outro? Ora está explicitamente estampado no ato que quando perdoamos alguém simplesmente afirmamos: "Sim, tu tens errado. Mas tudo bem, eu em minha grandeza te absorvo do teu erro." Quem perdoa toma uma posição de superioridade em relação ao outro e crê veementemente ter o direito de julgar-lhes os atos. Ora quem é que pode julgar o outro se todos somos um e a mesma coisa? Todos temos a mesma origem, todos no universo, sem exceção. Seja o universo paralelo ou relativo.
Se todos temos vindo da mesma origem, e somos essa origem. Somos um reflexo palpável dessa origem. Logo somos todos iguais em nossas diferenças. Costumo dizer que somos diferentemente iguais. Sentir que somos diferentemente iguais aos outros nos permite deixar que aquilo que somos verdadeiramente, ou seja, amor e consciência, emane de nós sem esforço algum.
Perdoar é na verdade um ato dicotômico. Com tal comportamento colocamo-nos em um púlpito aparentemente dourado e lá de cima, com o dedo indicador rijo contra o nosso semelhante, apontamos-lhes as falhas. Perdoar é uma tentativa de controlar o outro, pois deixamos claro ao outro que o mesmo não pode seguir o seu caminho, pois esse caminho muitas vezes pode nos machucar por esperarmos que ele caminhasse conforme a nossa vontade, segundo o caminho que lhes temos traçado. Na possibilidade de o mesmo não seguir tal caminho, o rotulamos de errante pois tem cometido um erro. No entanto o erro dele foi tão somente caminhar por si mesmo.
Enquanto inconscientes, temos prazer em tolher os movimentos de aqueles que nos rodeiam. É como que quiséssemos que todos não tivessem vontades e caminhassem conforme nossa vontade. Enquanto inconscientes somos tolos e loucos. A tolice e a locura somente se dá na ausência do amor.
Perdão é violência tanto mais que privar um ser de teu manto físico.
Quem ama de verdade nunca, jamais perdoa pois não há nada para ser perdoado. Compreendemos que todos são perfeitos em sua aparente imperfeição. Isso é amor, isso é amar. O amor é o caminho, o único caminho. Um caminho que não está em lugar algum, do contrário não seria amor, não seria eterno, não seria infinito.
Eu te amo sem "PORQUÊS".