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Infeliz apego

Publicado em 11 de abril de 2013 às 22:20:20

Quando dizemos que apegar é sofrer não estamos a fazer conjecturas. Aquele que possibilitou a mim estar aqui como esse persona que chamais de Marcos Célio está triste e abatido com a minha ausência. Sim fazem dois meses que eu não o visito. Aquele que os humanos chamam de meu pai e, fenomênicamente o é, sente minha falta. Constantemente o mesmo liga para Brasília para perguntar a minha irmã o porque de eu não visitá-lo.


Para dizer a verdade, o engraçado é que nem eu sei o por quê de não estar a visitá-lo. Parece estranho aos olhos humanos. Com certeza acham isso estranho. Mas para nós estranho é ter algo como obrigação e feito mecanicamente mesmo sem vontade. Simplesmente a vontade não surgiu.


Sofrer por não ter a atenção de alguém é estar preso aos outros e colocar sobre eles a responsabilidade pelo nosso bem-estar. Tal comportamento denota tão somente falta de amor próprio.


É verdade que os idosos ficam mais sensíveis com a idade. Mas é também verdade que não podemos deixar de sermos a nós mesmo com o intuito de evitar que alguém se escandalize.


O que as pessoas não entendem é que a medida que deixamos o mentalismo mais e mais ficamos livres da energia medonha chamada “apego”. Muitos pensam que se relacionar sem apego é impossível. Mas não é. Vemos os relacionamento sem o manto da energia do medo e sem esse manto, os relacionamento não tem apego algum.


Muitos nos indagam a perguntar que compromisso haveria em se viver assim. Bem, o compromisso é nobre, é divino. O compromisso é tão somente enobrecer o outro sem alimentar-lhe as feridas, as chagas. Que feridas? O apego é uma doença, o medo é uma doença e alimentar o apego ou qualquer manifestação da energia do medo em alguém é faltar-lhe com o amor. Não importa que esta pessoa pense que não a amamos, mas sim importa sabermos que estamos a amá-la mesmo que aos olhos dos humanos isso pareça desamor.


Não importa o que as pessoas pensam ou não, para dizer a verdade nem mesmo o que pensamos importa. A única coisa que importa é o silêncio mental e, em neste estado, não há apego, não há julgamento, somente amor.


Um relacionamento sem apego é um relacionamento no qual não adulteramos com o outro – quem ler entenda. Mas um relacionamento no qual sempre enobrecemos o outro por aquilo que ele é não por aquilo que ele pensa ser. Isso é amor, isso é amar. Eu te amo sem “PORQUÊS”.

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