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A força de um abraço

Publicado em 02 de junho de 2013 às 11:24:56

Há momentos na vida em que não queremos ouvir nada, nossa cabeça está como que uma tempestade e o que mais queremos é paz. Mesmo que haja paz por todos os lugares, em neste mundo barulhento onde as pessoas não param de falar um só minuto ao ponto de fazerem barulho mesmo que em silêncio e sem se moverem. Parece estranho?! Mas o ato de pensar é em si um barulho. Não há nada errado em si pensar, no entanto os pensamentos não nos podem dominar. Caso contrário, tal como as ondas em um tempestade, haveremos de chocar contras as vertentes a todo momento tanto intenso quanto for a nossa tempestade mental. Em tais momento, por incrível que pareça, um simples abraço parece como um bálsamo a trazer um pouco de paz e suavidade.


O que há por trás de um abraço? Por incrível que pareça, um abraço descompromissado e até entre pessoas que não se conhecem quando se permite a isso, nos é capaz de acalentar a nossa criança interior. É como se fôssemos envoltos por um manto aconchegante e seguro. Em este momento, é como se o silêncio de um abraço se nos dissesse que somos amados e que não há o que temer.


Se as pessoas soubesse o quanto tal ato é mágico, não negariam um só abraço sequer.


O humano é engraçado, ele não se pergunta porque é tão bom quando estamos a dançar coladinho a uma outra pessoa, mesmo que não a conheçamos. Por quê é assim? Não tem lógica! É um desconhecido! Ah! Amadas crianças, é tão bom porque aquela a qual abraçamos na verdade é também nós e estamos a abraçar a nós  mesmos quando o fazemos. Em aquele momento, não se quer nada além de estar ali e bailar, não há o possuir, é inocência pura.


Se todos nós nos déssemos conta de que, ao invés de consolar alguém com palavras, melhor seria olhar para aquela pessoa e dar-lhe um abraço, sem se importar com o que ela tem feito. Isso é amar, isso é amor e é capaz de fazer milagres. É bom si, todos nós temos experimentado isso, no entanto, não nos damos conta de que há algo que vai além da fenomenalidade aí, é algo transcendental que vai além da matéria.


O melhor que podemos fazer por aqueles que estão cabisbaixos e com os olhos marejados de lágrimas é não perguntar a ele o que o mesmo tem feito e abraçá-lo, não para consolá-lo, pois infeliz é todo aquele que precisa de consolo e tanto mais o que dá consolo. Isso é enaltecer a si mesmo e diminuir o outro. Pelo contrário, abraçá-lo como que se disséssemos que está tudo bem, não há nada de errado, eu te amo não importa o que aconteça.


O abraço descompromissado é o meio por onde o amor pode fluir sem no entanto se esbarrar nas barreiras dicotômicas. Isso é amor, isso é amar. Não nos neguemos um abraço. Amemo-nos!

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