Não se neguem uns aos outros

No livro que muitos consideram sagrado há uma menção de não se negar um ao outro e o faz de modo que parece fazer referência a nossos corpos.

O que estaria realmente a dizer aquela frase? O sexo humano movido pelo desejo e pela necessidade não traz evolução consciencial alguma, pelo contrário, quanto mais nos afundamos nos desejos e nas necessidades, mais e mais bestiais nos tornamos.

Se não é sobre sexo, então sobre o que seria? É fato que o espírito, ou seja, nossa consciência primordial não está nem ai se fazemos sexo ou não, isso não importa e nem é necessário. Mas o que seria? Amor e aceitação, puramente isso.

Não se negar um ao outro é não negar o amor que si é a si mesmo e, consequentemente, ao outro. Mas o que vem a ser não negar o amor que si é ao outro? Isso é tão somente o estado de ser no qual um ser não quer de modo algum controlar o modo como o outro deve ou não ser ou fazer as coisas. Honrar o jeito de o outro ser e suas escolhas, sejam elas quais forem. É, o estado de ser onde um ser é incapaz de ver erros no outro. Ao invéz de erros enxerga-se escolhas e sabe que toda escolha deve ser honrada.

Os textos bíblicos têm muitas joias escondidas, mas tais joias não podem ser analisadas sob o holofote do medo e sim do amor e do bem comum. Há muito tempo foi dito que aqueles a quem foi dado entender tais coisas entendam. Mas a quem foi dado? A todos aqueles que rasgam o seu manto de cima a baixo e deixe a luz do amor fluir em si mesmo e de si mesmos para onde ele precisa ir. Afinal de contas não nos neguemos uns aos outros.