Decepção
Publicado em 26 de maio de 2012 às 06:46:12
Nós sempre estamos envoltos com algo, alguém ou alguma coisa e, na maioria das vezes, essas interações não saem exatamente do modo que desejávamos. Mais uma vez o que temos aqui? Nada mais nada menos que o bom e velho controle. O que é o controle senão falta de amor?
Por quê motivo tudo o que acontece à nossa volta tem que ser do modo que desejamos? Vivemos em um universo multidimensional e portanto todos criam, todos tem direito a criar e não nos devemos incomodar com as criações alheias. Cada um com suas experimentações energéticas. Lutar contra tudo e todos que de certo modo manifestam aquilo que não apreciamos é falta de amor. Tal luta não só é inútil como impossível de ser ganha pois ao estar incomodado com a criação do outro nós inconscientemente injetamos a nossa energia em aquela criação e ela se abunda. É nesse momento que as coisas parecem piorar e temos sempre mais de aquilo que nos incomoda. Lutar contra as manifestações alheias é uma espécie de violência para com o próximo, é não amar o próximo e não a amar a si mesmo pois ao invés de estarmos focado no que nos agrada estamos focado no que não nos agrada, o seja, estamos a dar a nós mesmos o que não queremos. Todos somos um e lutar contra o outro é colocar sobre si mesmo a energia do sofrimento.
A única cura para a decepção é o amor, ao se entregar ao amor, ou seja, à sabedoria interior que si é, não se decepciona, é impossível. Ao se entregar ao amor não lutamos mais contra nada e nem contra ninguém. O que isso senão se entregar à suavidade da vida?
Querer controlar o comportamento do outro não só é impossível como também não é permitido pois aquilo que o outro é em essência não reconhece controle assim como também o somos.
Por quê não aceitar o outro tal como ele é, ou melhor, tal como ele pensa ser? Ele é perfeito mesmo na imperfeição aparente dele. Quem não aceita o outro em verdade te digo que não aceita a si mesmo pois todos somos um e reflete isso na não aceitação em relação ao outro.
Por quê determinar como o outro deveria se comportar em relação nós e ao mundo ao seu redor? Isso é falta de amor. É tentar fazer do outro cópia de nós mesmos. O outro tem direito de se comportar como melhor lhe aprouver, de acordo com a consciência dele. Ele é livre, é divino. Deixa o outro em paz! Libera-o e, naturalmente, liberaras a ti próprio. Então libera a ti próprio das amarras do controle. Quem tenta controlar se decepciona sempre pois nada pode ser controlado, tudo é permitido, um dia saberás disso. Controle e decepção são frutos da videira do medo e todos os seus frutos não são senão sofrimentos, cada qual com sabores – intensidades – diferentes. Por quê saborear tais frutos se não os queremos. Não é necessário apanhá-los com intuito de saboreá-los, bastar dar atenção a eles e já se está a saboreá-los. Simples assim!
Liberta-te da energia do medo, é isso que o controle é. A energia do medo nos fazem sentirmos como vítimas. Não somos vítimas, nunca fomos vítimas, nunca houve vítimas no universo e nem haverá de haver alguma. As escolhas do outro não nos podem prejudicar. Somente as nossas escolhas é que nos prejudicam.
Deixa o outro viver a vida dele. Deixa ele experienciar aquilo que lhe aprouver experimentar. Não controle nem a ti próprio, ao fazê-lo serás tu a aborrecer a ti próprio. É não aceitar a ti próprio, é falta de amor.
Ama querido! O amor é o caminho. O amor é o único caminho apesar de o amor não ser caminho. Mas ao trilhar o não caminho do amor, as decepções se desvanecerão. Não se negue o amor. Não negue a ti próprio o amor pois eu te amo sem “PORQUÊS”.
Ama-te a ti próprio!