Meu corpo não é meu?!
Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 08:24:35
A sociedade é algo incrível, ainda bem que nem sempre será assim. Em nosso mundo, por enquanto, tudo é regido por algo, alguém ou alguma coisa, pelo menos tentam. Alguns poderiam dizer que ao menos possuem os seus corpos. Será mesmo? Tens certeza que o teu corpo é teu? Absoluta?!
Vamos lá! Suponhamos que esteja um calor insuportável e de repente tu tiras a roupa e diz: - Ah! Agora sim, isso sim é vida! - Quando tu percebes gritos desesperados, tu não estavas sozinho como pensavas e sem que te dês contas duas gélidas algemas te ornam os pulsos. - O que pensavas? A tua nudez é crime. Por ventura pensaste que tens alguma liberdade sobre o teu corpo?
Alguns se perguntam: Que mal há em se estar ao natural? A resposta é simplesmente nenhum mal. A sociedade determinou que a nudez é vergonhosa por vários meios. Se observarmos os povos naturais, eles não tem na vergonha um motivo para se escandalizarem. Agora nos perguntamos: Quem é mais avançado? Aquele que está além da energia da vergonha ou aquele que tem na vergonha um motivo de escândalo, chocosidade?
Pode parecer cômico isso, mas é algo sério. Por quê é tão incômodo deixar o outro ser ele? As vezes observamos os pequeninos a correrem, não desordenadamente, mais aonde a vontade de ser os levam mesmo que seja em um zigue-zague sinuoso que dobra sobre si mesmo e com incontáveis outros movimento e ainda assim está tudo certo. Eles não tem noção de gênero e isso é perfeição, até certa idade não são eles e nem elas e se perguntados sobre qual a diferença entre ele e ela, simplesmente dizem que são iguais. Perfeição absoluta, conseguem enxergar dentro e não o veículo, ou seja, o corpo.
Os anos passam e nós adultos com o punhal sócio-moral extirpamos de nossos pequeninos a inocência e plantamos a semente da vergonha de si mesmos e dos outros. O mais duro em tudo isso é que quando adultos é tão difícil jogar fora todo lixo social, moral e dogmático que nos foi dado por nossos pais e pela sociedade. É preciso muita força de vontade e muitas vezes caímos porque acreditávamos que aquilo era apropriado e, por amor aos nossos, aceitamos aquilo como verdade. Um dia, todos devemos deixar de acreditar nos bichos-papões que nos foram impostos e dizer: “Chega! É hora de crescer e ser criança novamente.”