A simplicidade não é vista como algo natural
Publicado em 11 de maio de 2013 às 19:02:32
Quantas vezes vemos pessoas que quando convidadas para ir à algum lugar ou quando alguém as chamam simplesmente essas pessoas pegam suas chaves e vão a onde devem ir? Não estão nem um pouco preocupadas se estão apresentáveis ou não. Moram na simplicidade, arrumam-se quando dá vontade e não porque é preciso fazê-lo. Tais pessoas não se permitem ser escravas dos outros e suas opiniões.
Nós adultos fomos criados por uma cultura por termos sido criados por uma cultura de tolo e por assim dizer nos tornamos tolos obrigamos as nossas crianças as colocar capas graciosas para agradar à visão dos outros. Tolos! Hipócritas! Gritamos aos nossos filhos que os mesmos tem que ser simples e, ao mesmo, exigimos que os mesmos se aprontem para visitar um amigo, ou para ir ao supermercado. Onde é que está a simplicidade nisso?
Não enxergamos que na verdade faltamos com o amor conosco mesmos e exigimos que os nossos filhos também o façam a si mesmos. Que vivam em função de aqueles que os cercam.
Somos indigentes, temos perdido a nossa identidade, a nossa dignidade ao perdermos o amor por nós mesmos e viver na simplicidade para nos tornarmos hipócritas a viver de aparências, pois é isso que um hipócrita é.
Não amamos a nós mesmos e tentamos ensinar aos nossos pequeninos que é proibido amar a si mesmo e que, portanto, devemos viver em função do outro, de aparências. Quantas tolices temos ensinados para nossas crianças? Quanto lixo nossos pais nos passaram a pensar que estavam a nos educar. Estavam na verdade a extirpar de nós a nossa divindade. Estavam a nos separar de aquilo que é a única coisa que nos pode fazer amar e ser feliz. Foram sinceros, foram sim. Pensavam estar a nos preparar para o mundo. Mas na verdade estavam a fazer cópias de si mesmos em nós e tirar toda perfeição que havíamos em nós mesmos. Muitos não sabem, mas quando nascemos somos seres perfeitos e espiritualizados e seguimos somente o coração.
Em nossa inocência éramos sábios, só não tínhamos consciência disso e, por amor aos nossos pais, abandonamos toda a nossa sabedoria divina para nos tornarmos também tolos como nossos pais.
Décadas se passam até que um dia a vontade de voltar para casa, ou seja, a ser inocente novamente, a ser simples novamente. O retorno é difícil, ao menos é o que aparenta ser. Mas começamos a retornar à simplicidade de um criança gradativamente. Quando isso acontece começamos ver o quão tolos éramos e quanto tempo precioso foi gasto com futilidades. Quanto tempo gastamos a contabilizar a vida dos demais ao nosso redor? A procurar em neles erros e acertos e, com isso, esquecemos de nós mesmos. Temíamos que, de algum modo, o comportamento dos outros pudessem no causar algum dano. Mas isso é impossível, só aparenta ser possível. No entanto, nem tudo é o que parece.
Agora estamos aqui. Alguns de nós estão a sair da estrada e andar sobre campos mais abertos e sem caminhos pré-definidos. É a estrada larga, a estrada do amor que nunca, jamais será uma estrada e sim um campo ilimitado onde o caminho certo é sempre onde se está. Curioso não! Mas é assim mesmo, o melhor lugar para se estar é onde se está. Pois onde estamos na verdade tudo está, pois é isso que somos, aqui e agora.
Ninguém nos pode ajudar a nos tornarmos inocentes e simples. È preciso querer manifestar a simplicidade e a inocência que somos em essência. Tal coisa está ao alcance de todos, sem exceção. Mas, contudo, é preciso deixar o amor fluir em nós em todas as direções. Tanto na direção do que conhecemos quanto na direção de aquilo que não conhecemos, pois não há amor algum no separar as coisas.
Permitir a fluxo do amor em si é amar a si mesmo e, amar a si mesmo é, na verdade, amar a tudo e a todos. Deixa o amor fluir através de ti.