O desejo acabou, e agora?!

É comum ver relacionamentos nos quais o desejo se atenua pouco a pouco e o ato sexual passa a ser algo mais raro. Nesses casos um dos parceiros, o que sente a nova fase começa a colocar em dúvida o amor que o outro sente em relação ao mesmo.

O humano não se atem é que querer ou não ter relações sexuais não tem nada a ver com amor. Há uma relação sim entre sexo e amor e essa relação é tão simplesmente o fato de o sexo se encerrar no amor. No entanto, o amor não se encerra no sexo e em coisa alguma a naõ ser em si mesmo. Ora tudo, absolutamente tudo no universo se encerra no amor e na consciência - reitero que a consciência aqui aplicada não tem nada a ver com isso que o humano entende por consciência pois a consciência humana é loucura.

Os humanos não percebem que onde há desejo o amor não pode se manifestar. Em um ambiente onde o desejo é imperativo nota-se uma ânsia, uma necessidade, uma inquietação. Tudo isso é fruto do medo - medo é amor  às avessas - somente o medo provoca emoções negativas. Que coisa linda é estar ao lado de alguém e se sentir bem com isso sem no entanto desejá-la. Conseguem fazer isso? Isso é possível para aqueles que amam. Na verdade é algo bem natural para eles. Afinal de contas eles amam.

Quando o desejo acaba, o caminho para o amor está livre. Não que o amor precise de um caminho para poder se fazer presente. Contudo, o amor não atropela o desejo e se faz presente, pois o amor é amor e nunca se impõe jamais. O amor não se impõe pois respeita a escolha do humano. Se o humano quer desejo ao invés de amor. O amor espera pacientemente que da próxima vez seja ele o escolhido. Isso é amor. É não forçar. Não se impor. Permitir que as coisas sejam sem, contudo, querer controlá-las.

Se o desejo acabou, comemore pois esse é o momento propício para que o amor flua, floresça.

Já que o desejo acabou, que tal amar? Ama com todas tuas forças.