Que deus nos proteja!
Publicado em 01 de outubro de 2012 às 19:20:24
Quando as pessoas dizem “Que deus nos proteja!”, elas estão a julgar as coisas que acontecem ao redor delas. Isso não é senão falta de amor, pois elas se colocam na cadeira da vítima. Isso é irresponsabilidade, é demência, mas na verdade é apenas inconsciência. É pensar que as coisas acontecem por acontecer e que não temos poder algum sobre a nossa realidade.
Suponhamos que exista um deus acima de nós e que o mesmo seja todo amor, ou seja, um deus perfeito. Esse deus seria incapaz de proteger alguém visto que ele é todo amor. Para que ele pudesse proteger alguém, ele teria que interferir na vida de aquela pessoa. Opa! O que temos aqui? Interferir na vida de alguém é falta de amor e só o humano faz isso. As pessoas poderiam dizer “Mas ela está com problemas!”. Sim parece que ela está com problemas, no entanto ela escolher vivenciar aquilo que o humano chama de problema. Escolha, ela tem feito uma escolha e toda escolha deve ser honrada, por pior que seja.
Escolha!? Que escolha? Perguntariam alguns. Nossas realidades se nos apresentam com base nas escolhas que fazemos. Portanto, nós as criamos. Se algo, alguém ou alguma coisa nos salvasse de nossa própria criação, ou seja, de aquilo a que nossas escolhas materializaram em nossa vida. Seguramente essa pessoa não estaria a nos amar. Pois está a nos tentar impedir de viver a nossa própria realidade. Isso é falta de amor é interferência.
Voltemos aquele suposto “deus”, como ele é todo amor, diria sim a todas as nossas criações. Pois o amor dele é incondicional, ou seja, perfeito e não precisa de um porquê para se manifestar. Aquele suposto deus não poderia, portanto nos proteger. Isso seria o mesmo que tentar proteger a nós de nós mesmos. Isso é um grande desrespeito, é falta de amor. Qualquer deus que assim haja não passa de uma aberração, ou seja, um deus humanizado.
Quem é que nos pode proteger? Não, não é o Chapolim Colorado não. Não há frascos e nem comprimidos no universo não. Na verdade nada no cosmos nos pode proteger. Proteger de quê? De nós mesmos? Vejamos, estamos sempre com nós mesmos não importa onde vamos, pela lógica seria impossível escapar de si mesmo. Onde quer que estivermos lá estaremos nós. Logo, presume-se que procurar proteção é demência, é insanidade. Onde quer que estejamos, lá estará a nossa realidade. Por mais medonha que seja.
A melhor maneira de nos “proteger” – essa palavrinha não tem nem porque existir, visto que é uma ação impossível – é escolher uma realidade que nos caiba, uma realidade que nos agrade. É abandonar os velhos padrões, ou seja, os padrões de luta e sofrimento e abraçar o novo com amor. No qual não há sofrimentos e nem lutas. É escolha, sempre foi escolhas, não diz respeito a proteção e sim escolhas.
Querer proteção é um estado doentio no qual acredita-se que a nossa realidade nos tem sido imposta por algo, alguém ou alguma coisa, mas nunca nós mesmos.
Querido, o que vai ser? Permanecerás na energia do medo? Da irresponsabilidade, onde estarás sujeito a toda sorte de sofrimentos e danos? Ou se entregarás ao amor e dará a ti próprio uma realidade suave onde danos não há? Isso é amor.
Ama-te a ti próprio!