Fidelidade

Que amor há em ser fiel a alguém? Ser fiel é falta de amor, isso mesmo, ser fiel a algo, alguém ou alguma coisa é falta de amor para consigo mesmo.

Amar o outro é liberá-lo para que ele siga sua própria jornada. Não podemos de modo algum nos intrometermos na jornada alheia, intromissão é falta de amor.

Jurar fidelidade a algo, alguém ou alguma coisa é negar a si mesmo e todo aquele que nega a si mesmo sofre. Sofre por não estar a ser fiel ao coração. Isso é não aceitação. Quem não se aceita não se ama e, se não se ama, haverá de ser infeliz por toda a vida.

Ser fiel ao outro é na verdade alimentar o ego do outro. O ego é o maior inimigo da raça humana. Todo o desequilíbrio que presenciamos no mundo relativo é de autoria do ego humano. O ego vai na contramão do coração, ou seja, o ego vai na contramão do amor.

Um desejo nasce, ele nasce de dentro de si, é espontâneo, é natural e, portanto, deve ser satisfeito. Satisfazer os nossos desejos é seguir o coração. Não se deve de modo algum sufocar um desejo com o intuito de agradar algo, alguém ou alguma coisa. Em primeiro lugar nós temos que nos agradar mesmo que as pessoas nos julgue por isso. Temos que ser fiéis a nós mesmos. Desde que esses desejos nos tragam emoções positivas, ou seja, prazer, felicidade, bem-estar. Se assim é, estamos a caminhar rumo a felicidade, rumo à realização pessoal.

Uma pessoa realizada pessoalmente é a pessoa que encontrou o amor em si mesmo por não negar a si mesmo absolutamente nada que dê uma sensação de bem-estar. Uma pessoa que assim procede nunca provará a infelicidade. Pois ela não aprisiona ninguém e nem se deixa aprisionar. É livre, e termina por adentrar nos portais dourado do paraíso onde só o amor reina.

Ama-te a ti próprio. Sê fiel a ti próprio!