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Estar seguro

Publicado em 13 de junho de 2013 às 20:00:07

A maioria do comportamento do ser humano se resume em procurar proteger-se de algo, alguém ou alguma coisa. Tal procura ou pode nascer de um medo pessoal, seja ela uma sensação de insegurança ou pode nos ser imputada pela mídia. Para dizer a verdade, a mídia é a maior rede de ampliação dos conflitos militares e sociais.


Alguns poderiam dizer que eu estou a exagerar. Não estou a exagerar, a mídia em si, não ajuda de modo algum. Eles veiculam problemas e causam alvoroço na população. Em outras palavras, a mídia nada mais é que uma semeadora de sementes do medo na mente da população adormecida que por estar inconsciente, recebe tais sementes de bom grado e as fazem florescer através da energia emocional que depositam sobre tais sementes. O mais intrigante é que o ser humano não percebe que é ele mesmo que está a intensificar aquilo que ele chama de crimes, desonestidade e várias outras situações sem amor e ética.


Quando estamos a procurar segurança, estamos a afirmar que, de certo modo, existem perigos e ameaças à espreita e que estamos expostos a tais perigos e ameaças.  Que sentido há em se viver deste modo?


Não seria exagero afirmar que é procurar segurança é algo super inseguro. Isso é um paradoxo, no entanto é assim que funciona as coisas nos universos. Procurar segurança nada mais é que se sentar na cadeira de vítima e se por a fugir a todo instante e estar sempre atento, pois o perigo pode estar à espreita, a esperar que vacilemos. Enquanto isso, a vida passa e não fizemos nada além de  tentar  sobreviver a um perigo ilusório que nós mesmos temos plasmado no mundo fenomênico.


Se procurar segurança é inseguro, como estar seguro? Eis aqui uma pergunta tipicamente humana, procurar a segurança não é questão e sim viver o hoje sem olhar para o ontem. Em outras palavras é viver o hoje com o coração e não com a mente. Ao se fazer isso, não nos sentimos inseguros, não sentimos ameaças, não estamos nem aí para o que se nos acontece ao redor, a única coisa que importa é viver o momento e nada mais. A isso chamamos de liberdade vivencial. É estar aqui e não a flutuar em torrentes temporais que nunca estacionam no agora.


Costumamos dizer que nos sentiremos mais “seguros” se é que  se pode dizer dizer isso, é preferível dizer íntegros, se tomássemos nossas cabeças e as colocássemos debaixo de nossos braços e pegássemos o coração e colocássemos sobre o pescoço ao caminharmos no mundo. Vez por outra, poderíamos pegar nossas cabeças para fazer alguns cálculos quando estivermos a perfazer alguma atividade que exija lógica como quem usasse uma calculadora. Mas usá-la para viver, para se orientar não é de modo algum algo aconselhável. A mente não tem escolha, é tal como uma máquina e está sempre presa a conceitos preconcebidos, em outras palavras, está presa na enciclopédia do tempo. Ao passo que o coração é todo escolha, é sempre novo, é liberdade, é amor.


O que vai ser? Serás também um sobrevivente ou farás do teu coração o guia de tua mente? Isso é amor, isso é amar. Ama-te a ti próprio!


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