Envergonha-te da tua vergonha!

Acaso podes me dizer por quê estás tão desconcertado?

Tens falado algo que pensas que não deverias ter dito por parecer ridículo ou indiscreto?

Por descuido, talvez, tenhas deixado mostrar a tua nudez? Talvez gostarias de dizer algo mas não consegue fazê-lo. Querido, por que permites que a vergonha abale a tua estrutura? Envergonha-te da tua vergonha!

A vergonha é vergonhosa querido e não merece ser cultuada. Na vergonha tu não te moves. Isso mesmo, a energia da vergonha é uma energia paralisante. Bem sei que não gostas de ficar preso sem ter para onde ir. Por quê permites que a energia da vergonha te paralise? Envergonha-te da tua vergonha!

Tenha coragem de dizer o que queres dizer quando der vontade. O que poderia acontecer de mal? De certo as pessoas te rotulariam disso ou de aquilo. Mas os rótulos não são o que tu és, são apenas o modo como os outros te veem. Respeite o modo como os outros te veem mas não tome tais rótulos como guia para teu viver. Envergonha-te da tua vergonha!

Assuma a ti próprio! O teu manto, ou seja, o teu corpo não é de modo algum digno de vergonha. Pelo contrário, ele deve ser honrado e receber o devido respeito por te servir tão bem. Ao sentir vergonha de teu corpo tu o menosprezas, o diminuis. Acaso não sabes que todos os corpos são iguais em suas variadas formas. Acaso tens medo de ser único? Envergonha-te da tua vergonha!

Na vergonha não há amor de espécie alguma. A vergonha é uma energia de não aceitação perante os outros e a si mesmo. Não queira ser aceito, pelo contrário, aceita-te a ti próprio. Aceitar a si mesmo é amar a si mesmo. Envergonha-te da tua vergonha!

Ama a ti próprio e não mais andes de braços dados com a vergonha. Acaso não tens percebido que a vergonha não é boa companheira e não traz senão aspereza a teu viver? Estenda os braços ao amor e o mesmo te envolverá ternamente e verás isso em teu viver. Isto é amor, isto é amar. Permita o amor em ti próprio!