Arrependimento
Publicado em 26 de maio de 2012 às 19:49:32
Vemos a vida muitas vezes através da perspectiva do erro e acertos e, ao que concerne aos erros, muitas vezes nos arrependemos por ter feito algo ou alguma coisa.
Por quê todas as vezes que nos arrependemos experimentamos uma emoção negativa, ou seja, a energia do sofrimento? Seria um acaso ou teria algo revelador por trás disso?
O fato é que ao se arrepender, estamos a julgar a nós mesmos por causa das nossas ações, ou seja, estamos a nos reprovar, estamos a não nos aceitar. O que é isso tudo senão a falta de amor para conosco? Aquilo que somos em essência é todo amor e é incapaz de julgar qualquer ato. Aquilo que somos em essência é perfeição e, portanto, não pode ser reprovado, ao fazer isso sofremos. Ao tentar reprovar a nós mesmos por algo que temos feito, não estamos em harmonia vibrátil com aquilo que somos e, para que saibamos que estamos desalinhados com nossa essência, uma emoção ou sentimento negativo nos é oferecido em conformidade com o nosso ato. É o modo atrav&eaeacute;s do qual nosso Eu Superior, Eu Presença se comunica conosco.
Todas as vezes que nos arrependemos, privamo-nos da plenitude que somos. Melhor seria se arrependêssemos de ter arrependimentos.
Não há do que se arrepender. Estamos aqui em Gaia(a consciência que o humano chama de planeta terra) com o intuito de trabalharmos com a energia do desejo. Para tanto temos que fazer escolhas a todo o momento e toda escolha encerra uma emoção, quer seja, negativa ou positiva e, a cada escolha cuja emoção seja positiva, manifestamos a nós mesmos aqui nesse corpo humano.
As escolhas não são boas ou más, mais ou menos, são simplesmente escolhas, movimentos energéticos e sempre encerram algum bem por mais inaceitável que seja.
Por quê se arrepender de fazer escolhas? Regozijemo-nos pois temos o livre arbítrio de poder fazê-las. Ninguém nos deu livre arbítrio, somos nós que temos concedido a nós mesmos o libre arbítrio para que pudéssemos experimentar a experiência chamada vida relativa.
Não fazer escolhas é negar a si mesmo a vida. No entanto, não fazer escolhas é impossível ois até quando pensamos que não estamos a fazer escolhas em si já é uma escolha.
Muitos fazem escolhas inconscientes, a grande maioria da humanidade e, por fim se sentem vítimas de algo que escolheram inconscientemente e que está a manifestar em suas vidas.
As escolhas são o que são e através delas nos movemos no mundo relativo. Não há porque se arrepender por fazê-las. Fazer escolhas é criar, é moldar o universo. Nada teria se feito se não fosse as escolhas. Se as escolhas são o cerne de toda criação, por quê se arrepender de fazê-las? Não se deve arrepender pelo fato de sermos criadores. Muitas vezes criamos algo que não nos agrada, mas e daí! Se não tivéssemos feito a escolha como o saberíamos? Agora nos tornamos mais sábios e podemos escolher algo diferente, algo que nos agrade pois já sabemos que tal escolha encerra em si um desequilíbrio vibrátil com a nossa essência.
Tudo se resume a isso: fazer escolhas que nos proporcione emoções positivas, ou seja, aquelas que nos faz entrar em harmonia vibrátil – alinhamento – com a nossa própria essência. Ao fazê-lo começamos a nos manifestar em nós mesmos e nos sentimos plenos.
Arrependamos de ter arrependimento e talvez nem isso. Não nos neguemos mais a nós mesmo. Que prazer há em se martirizar? Bem sei que o mundo dá um enorme valor ao sofrimento e que o vê com certa nobreza. Mas o sofrimento é apenas uma energia e não possui vida própria e todo poder que ele tem sobre nós é o poder que damos a ele. Não é o sofrimento que se apodera de nós, somos nós que nos apoderamos do sofrimento e ali permanecemos como que se não tivéssemos escolha.
Arrepender-se é pintar um mundo triste, adentrar nesse mundo e permanecer ali com a tinta e o pincel na mão a se lamuriar por estar em aquele mundo. Usemos o pincel! Usemos a tinta! A criação é nossa! Façamo-la conforme o nosso desejo. Por quê não pintar o paraíso ao invés disso? Por quê não pintar o amor? Nada é impossível. Passa uma camada de tinta sobre o arrependimento e o transforme em gratidão por poder fazer escolhas.
A tinta que temos nas mão é o amor, pincela o amor por todos os lados. Não economiza amor. Essa tinta nunca acaba, pelo contrário, quanto mais se usa mais ela se abunda.