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Nudez?! É natural, é divino, é autoaceitação

Publicado em 16 de março de 2013 às 15:28:25

Vivemos em um mundo onde o estar nu é visto como algo a ser censurado, algo proibido.


O ser humano dá mais valor ao vestuário do que a uma estrutura perfeita chamada pele. Tecido algum será capaz de imitar a pele com tamanha perfeição. Para aqueles que veem a nudez como algo a ser proibido, censurado, faço-vos saber que mais vale o corpo do que o vestuário.


Alguns diriam que não é correto se expor. Se esta é a tua crença, então não te  exponhas a ti e nem a tua nudez, pois esta é a tua realidade. Mas não tenta dizer aos outros o que é correto a eles. Quem és para dizer o que é ou não certo para os outros? Seja senhor de ti mesmo, mas não queira ser senhor de mais ninguém. Isso é falta de amor para contigo mesmo e, ao mesmo tempo, para com todos que te cercam. Por acaso não sabes que tens nascido nu e que em tua inocência não te importavas com o estar nu? Não te importavas pois tu eras inocente. Vivias na simplicidade, na humildade. Ser inocente é tão somente o não julgar a nós mesmos e o que quer que se no apresente ao redor. As pessoas acreditam que ser inocente é não saber o que é bom ou mau. Como se bom e mal existissem. Ser inocente é olhar aquilo que a que chamamos de bom ou mau e não considerá-los nem bom e nem mau, ou seja, as coisas simplesmente são o que devem ser e só isso. Tudo, absolutamente tudo se resume em energia, sem excessão. Ser simples é não rotular as coisas que acontecem ao nosso redor, pois todas as coisas se manifestam em um não espaço chamado amor por intermédio da consciência, mesmo que inconsciente. Eis aqui algo paradoxal.


Mas alguns diriam que estar nu é estranho e vergonhoso. Bem, observo-me a mim e não encontro em meu corpo estranheza alguma e, ao que concerne a vergonha, é apenas uma energia a que te agarras. Energia esta que é fruto do não aceitar a ti próprio e nem aos outros. O que é isso senão estar em falta contigo mesmo e aos outros?


Outros diriam, mas expor nossa vida assim é ruim. Por acaso a tua vida é o teu corpo? Se tua vida é o teu corpo, sois infelizes pois o corpo pode ser lesado por aquilo que te rodeia. No entanto, a vida que sois, que também dá vida ao corpo, não pode ser lesada, tal coisa é impossível. Não se pode tocar a vida, não se pode vê-la, contudo se pode senti-la. Tens notado que o medo de estar exposto é tão somente um medo inconsciente de ti mesmo? Um medo de que os outros não te achem belo, ou que encontre em ti algo que não deveria ser como é. Um medo de não se enquadrar em um determinado padrão de beleza ou moral. Se assim é, és escravo do mundo e não serás feliz chamais enquanto assim for, pois todo escravo vive preso a grilhões e nunca fazem o que querem e estão sempre sob o julgo de seus donos.


Está tu contigo mesmo? Isso basta! A única coisa que importa é estarmos confortáveis em nós mesmos e tudo o mais insignificante é. Isso é começar a regar com intenção o amor que está adormecido em nós para que o mesmo se expanda, desabroche-se. Pois se com intenção escolhemos amar-nos mais um pouco o fazemos não só por nós mesmos, mas por todos aqueles que nos cercam. Ao amarmo-nos um pouco mais, dia após dia tornamo-nos incapazes de julgar ou interferir na vida dos outros.


Nu ou não tu és belo e o serás não importa o que faças. Aquilo que tu fazes não demonstra quem tu és. É apenas uma ação a que lanças mão por não saber quem és, em outras palavras, por não estar a amar, contudo não erras, fazes escolhas. Ama-te a ti próprio sem motivo algum!

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