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Quero! Mas o quê?

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 00:41:55

Queremos e, sejamos francos, quase sempre, não sabemos o que queremos. Simplesmente sabemos que queremos algo. Mas  o quê? Diante de tal enigma tecemos mil e umas conjecturas. Todas mentais.


Querer com a mente é querer o que o mundo quer, ou seja, é desejar o que é externo na vã tentativa de preencher um sentimento interno de vazio.


O externo não traz plenitude, a plenitude se encontra no interior. É por isso que estamos a querer sempre mais. Essa é a atitude do ego, perseguir a plenitude por meio das coisas que ele consegue ver. Ele vê nos objetos, coisas e fatos o completar a si mesmo. Mas sabe ele que a plenitude que ele tanto almeja está em se entregar ao coração. O que é se entregar ao coração senão parar de separar as coisas.


O que realmente queremos é sermos aquilo que somos, ou seja, plenos. Mas onde se encontra essa plenitude? A plenitude que realmente almejamos se encontra no interior, no coração, em amar a tudo e a todos pois todos somos um.


Quando a mente começa a se entregar ao coração, aquele querer sempre mais se atenua, tanto quanto for a entrega.


Provemos a saciês de se beber água da fonte do amor que sacia a sede de aqueles que estão a perambular nos desertos dos pensamentos. Todos aqueles que se encontram nesse deserto estão sempre a separar as coisas por meio de seus pensamentos. Da separação origina-se todo sofrimento. Sofre-se por tentar separar o que é inseparável e na tentativa vã de se criar uma falsa realidade. Ao se tentar viver essa pseudorealidade, nós separamos de nós mesmos e nos vemos incompletos.


Diante desse sentimento de se ser incompleto e imperfeito buscamos a plenitude a todo custo, muitas vezes a usar de violência e falta de ética para fazer valer a nossa vontade.


O que queremos? O que realmente queremos é o que o coração quer. Então a mente tem que querer o que o coração quer. É isso que ela quer e não sabe, como ela não sabe, faz mil suposições mas o vazio persiste. Esse vazio nada mais é que a falta de conexão entre mente e coração, ambos a andar de braços dados entre os céus e a terra.


Entreguemo-nos ao coração e sejamos íntegros.

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