Se amas, por quê prendes?
Publicado em 03 de janeiro de 2012 às 23:46:36
Muitas vezes dizemos que adoramos algo como, por exemplo, papagaios. Pensemos um pouco, dizemos amar e, ao mesmo tempo, enjaulamos o bicho. Tem lógica isso? Coloque-se no lugar do papagaio. Tu aceitarias essa condição? Tu gostarias de ficar em uma pequena jaula enquanto há um mundo lá fora? Tu gostarias de ver o mundo todo se a se movimentar enquanto teus passos estão limitados? Eu sou capaz de respondere por ti e a resposta é não.
Tu gostas de ser livre eu sei, tu gostas de poder ir a todo lugar, tu gostas de se divertir, tu gostas das coisas boas da vida. Mas já perguntaste para ti próprio por que tu gostas de tal coisa chamada liberdade? Então dá ao próximo aquilo que tu aprecias.
O que nos leva a ter tal comportamento? Não basta amar e pronto?
O que acontece é que nós temos "medo", sim medo de ficar sem amor, medo de ficar sozinhos. Por isso, nós nos prendemos ao que nós dizemos amar por medo de perder aquilo. Nós estamos a tentar possuir o que dizemos amar. Mas ao tentar possuir o que não pode ser possuido, nós nos aprisionamos em uma na jaula da tristeza, da angústia sufocante, do vazio intermitente. Mas por quê? Porque ao prender o outro ao qual dizemos amar, nós nos prendemos a nós mesmos e, com isso, sofremos. Se irmos mais fundo, podemos dizer que há uma ligação entre todos os seres humanos e esta ligação não pode ser quebrada, é impossível pois todos somos um.
O conflito que gera o tentar possuir o outro é porque o coração não nasceu para ser possuido, nem o teu nem o de ninguém. Quando nós prendemos alguém, o coração dele luta por liberdade, ele se torna triste, angustiado e nós também nos tornamos, pois entramos em conflito com aquela pessoa, o clima é pesado.
Dá liberdade a quem tu dizes amar. Não espere nada de quem tu amas. Pelo contrário, faça tudo o que puderes por ela, mas sem querer nada em troca. Amar é algo tão grandioso que a gente ri por dentro quando os olhos do outro sorriem.
A que amar querido? Ama a todos, absolutamente todos, pois todos somos um. Mas não te esqueças de amar a ti próprio. Se não consegues amar a ti próprio, como poderás amar o próximo. Se não consegues aceitar(amar) o próximo, como poderás amar a ti próprio? Parece um paradoxo, mas não é, tem lógica aí, a lógica do coração, o amor.
Ama!