Separar o joio do trigo
Publicado em 23 de junho de 2012 às 09:22:45
Em primeiro lugar, o joio não é mais e nem menos que o trigo.
O tempo da separação do joio e do trigo é o agora. Essa mensagem não é religiosa e sim espiritual. Haverá alguém a separar o joio do trigo? Em verdade não, ninguém haverá de separar o joio do trigo. Simplesmente porque ambos são imiscíveis.
O que quer dizer separar o joio do trigo? Esse evento reporta nada mais nada menos que o período no qual as pessoas haverão de escolher entre o amor e o medo, ou seja, entre o coração e o ego. Todo aquele que escolhe o caminho do coração, ou seja, do amor, representa o trigo e, todo aquele que escolhe a energia do medo – energia da vítima - , ou seja, o ego é o joio. Esse período nada mais é que um período de decisão.
O que será feito com o joio e com trigo? Haverão cada um de viver conforme as suas escolhas, ou seja, viverão conforme as vibrações que oferecem. O trigo por escolher o amor haverá de ter experiências suaves e uma vida sem transtornos e/ou sofrimentos, tudo, absolutamente tudo lhe é concedido por aquilo que ele é em essência. O joio, no entanto, por acolher a energia egoica do medo, haverá de colher todos os frutos que provem do medo, os quais ao se manifestar far-lhe-á escandalizar e, com tal comportamento tais fatos intensificar-se-ão exponencialmente de acordo com a sua resistência ou repulsa em relação ao acontecimento manifestado. Nada, absolutamente nada, ser-lhe-á imposto. Tudo, absolutamente tudo, que se fizer presente em sua realidade é criação dele. Somente ele pode fazer todo esse sofrimentos cessar. Nada poderá intervir pois intervir seria não honrar a escolha dele. Intervir nada mais é que falta de amor para com ele, pois ele tem escolhido experimentar a máxima do sofrimento.
O sofrimento aumentar-se-á exponencialmente mas o humano pode fazer com que isso cesse. Basta que ele se liberte da identificação que ele tem com a mente, ou seja, com o ego e, consequentemente ele se libertará gradativamente de toda espécie de energia do medo que assolava a vida dele. Não há julgamento sobre isso, é somente uma questão de escolha.
Nesse período, haveremos de ver que enquanto uns manifestam o amor e, com isso, suas vidas tornar-se-ão abundantes, felizes e toda sorte de bem-estar se fará presente. Por outro lado, haverão aqueles que viverão os seus piores pesadelos no mundo relativo, não há limites aqui para o sofrimento, ele é aquilo que precisa ser.
Por quê tem que ser assim? Não tem, tudo é uma questão de escolha. Cada um escolhe a própria realidade. Enquanto uns escolhem a suavidade do amor e tudo o que ele pode oferecer, outros escolhem a energia do medo por se agarrarem o ego e, com isso, vivenciam toda sorte de sofrimentos tantos quantos possível for.
Tem como fugir disso? Não há como fugir de si mesmo. Uma escolha é feita e, ao fazê-la, a nossa realidade imediatamente começa a se moldar para que com isso se harmonize com nossa escolha por mais hedionda que ela possa se tornar. Não há julgamento, tudo é permitido. Não importa onde se esteja, sempre estaremos ali, e como estaremos sempre onde estamos, a nossa realidade estará onde estamos. Uma verdade muito justa é que temos que experimentar tudo aquilo que criamos por mais hediondo que seja, depois de criado deve ser portanto experienciado. Não há como ser de outro modo.
Mas eu não escolhi nada? O humano pensa que não está a escolher nada. Mas o fato é que não fazer escolhas é impossível. O modo como eu vejo o mundo é uma escolha. Para ser mais claro, o modo como eu vejo algo, alguém ou alguma coisa ao meu redor reflete a minha escolha. Tão claro como a água mais cristalina. Estamos nós a permitir que as pessoas ajam a seu modo seja ele qual for sem que isso nos incomode? Isso é amor. Estamos nós a dar liberdade total e incondicional a alguém que dizemos amar? Fazê-lo é amar. Estamos nós a julgar o modo como agimos ou como as pessoas agem? Fazê-lo é falta de amor. Nota-se que é tão fácil saber se estamos a escolher amor ou medo, ou seja, coração ou ego. Com absoluta certeza o mundo ao nosso redor vai refletir nossa escolha e isso é muito bom e justo. Tentar negá-lo é, ao mesmo tempo, intensificá-lo.
O joio e o trigo vivem lado a lado mas nunca se misturam pois vivem em dimensões diferentes. Isso se chama justiça, ou seja, cada um vive na dimensão que escolhe. Diante disso podemos escolher, seremos nós o joio ou o trigo? Não à como ser um pouco dos dois, ou ambos, uma só é a escolha. Deixaremos nós o amor fluir ou o medo perpetuar?