Não se deve levar o outro a sério
Publicado em 02 de julho de 2012 às 08:30:32
Vivemos em uma época em que estamos sempre a nos interagir com o outro. Seja comercialmente, socialmente, ou intimamente. Mas somos diferentes, cada um possui o seu próprio comportamento. Comportamentos esses que muitas vezes não nos agradam.
Quando o comportamento de uma certa pessoa não nos agrada, em geral temos por hábito nos irritarmos com ele, repreendê-lo não é mesmo? Isso é falta de amor. Quem somos nós para repreender o outro? Não somos de modo algum superior a ele e, além do mais, ele tem livre arbítrio para agir como bem lhe aprouver. Não leve o outro a serio! O que ele faz ou deixa de fazer não é importante.
Levar o que o outro faz ou deixa de fazer a sério é um sinal de fraqueza extrema pois o nosso bem-estar está a depender de algo externo, ou seja, o comportamento de alguém. Ora todo aquele que tem por hábito ter como termômetro o outro, sofre. Sofre-se por estar a tentar controlar o proceder do outro. O outro tem direito de caminhar sua jornada a seu modo. Tentar impedir isso é convidá-lo a fazer parte de nossa realidade de modo danoso.
Todos nós temos a nossa própria realidade e essa realidade é de total responsabilidade nossa, com isso, o outro não tem o poder de interferir a não ser que o convidemos a fazer parte de nossa realidade. Tal convite é feito tão somente ao se estabelecer algum vínculo com ele. Há vário modos de se estabelecer um vínculo com alguém. Dar atenção a alguém, julgar alguém, sentir qualquer sentimento por aquela pessoa, tudo isso é estabelecer um vínculo com ela. Se esse vínculo for de certo modo negativo, ou seja, for uma emoção negativa, nossa realidade refletirá isso em um tom desarmônico e se instala o caos em nossa vida. Isso é falta de amor.
Podemos estabelecer um vínculo com qualquer pessoa sem contudo permitir interferência em nossa realidade. Ora para tanto basta observá-la com o coração, ou seja, sem julgamentos, críticas, ou qualquer sentimento negativo. Isso não só enobrece o outro como a nós mesmos. Além do mais: “Não leve o outro a serio! O que ele faz ou deixa de fazer não é importante.”.
O mundo se torna suave quando não se leva o outro a sério, não é que devamos fazer pouco caso do outro, não isso nunca. É ter em conta que seja lá o que ele faça, não nos importa, é com ele, é ação dele. O que temos com isso. Afinal de contas as escolhas são deles e quanto a nós, fazemos as nossas próprias escolhas. Por isso: “Não leve o outro a serio! O que ele faz ou deixa de fazer não é importante.”.