Opinião

Até que ponto devemos ter em conta a opinião que fazem os outros a nosso respeito? Em verdade te digo que a opinião que tecem a nosso respeito não devem, em absoluto, serem levadas à sério.

Uma verdade cósmica é que todos aqueles que opinam na verdade estão a falar de si mesmo.

Que direito temos em dizer o que o outro devo ou não fazer? Não estamos na pelo do outro. Não temos a mesma visão que ele e muito menos a mesma experiência. Mas mesmo que tivéssemos, quem garante que conseguiríamos aguentar o tranco? Pode ser que não aguentaríamos um só minuto e muito menos faríamos uma ação melhor. Quem é que nos nomeou supervisor do mundo? Supervisionar é se intrometer, é falta de amor, é tentar controlar o outro. Cada qual tem o seu caminho e livre arbítrio para trilhá-lo da maneira que quiser, sem interferências.

A opinião alheia não deve em hipótese alguma ser a base sobre a qual se apoie o nosso autovalor, ou seja, a nossa autoestima. Nossa autoestima não deve tomar por base nem mesmos a nosso opinião sobre nós mesmos.

O que são opiniões senão pensamentos? Opiniões são apenas pensamentos preconcebidos através dos quais pintamos um quadro a respeito de algo, alguma coisa ou alguém e, com isso, o limitamos e a nós mesmos pois o receptor de toda ação que fazemos somos nós próprios.

Opinar é tentar controlar, controle é interferência e quando se tenta controlar o outro somos nós que perdemos a nossa liberdade ao tentar tirar a liberdade do outro.

Quando nos percebemos a tecer opiniões, devemos tomar consciência disso e, ao fazê-lo, percebemos que que tal pensamento não é nosso. Não mais nos identificamos com ele e nos libertamos.

A vida sem opiniões é suave e fluídica. Se a opinião é um pensamento preconcebido, o mesmo se baseia em conhecimento que temos aprendido, se temos aprendido então se baseia no passado, viver no passado é sofrimento pois o passado não existe, a única coisa que existe é o agora.

Abandonemos o passado e experimentemos a suavidade de se viver no agora.