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Certo ou errado?

Publicado em 07 de janeiro de 2012 às 04:12:47

Aquilo a que chamamos de erro nasceu no momento em que deixamos de amar. Nesse momento, começamos a julgar as coisas que aconteciam ao nosso redor e a rotulá-las de acordo com algo do passado, ou seja, com algo que nós já vivemos ou com algo que temos aprendido seja por nós mesmos ou com alguém. Portanto, classificar as coisas como certo e errado é preconceito. Por quê preconceito? A própria palavra é a resposta - pré(antes), conceito(concebido), ou seja, é colocar julgo sobre algo a ter por base algo que se aprendeu antes. Em outras palavras, é viver no passado. Quase toda a humanidade vive no passado. Apenas uns poucos vivem no presente, para ser mais específico, menos de um por cento humanidade vive no presente.


Más o que tem de errado em ver as coisas como certas ou erradas? Errado?! Não tem nada de errado. É direito nosso, somos livres para fazer o que quisermos. Más colocar julgo sobre as coisas é fazê-lo a si mesmo. Quando julgamos as coisas ou pessoas, separamo-nos ainda mais daquilo que somos. É por isso que todo aquele que julga sofre. Sofre por estar a julgar a si mesmo através do outro. Um certo sábio uma vez disse: "Não julgueis para não serdes julgados, pois com a mesma medida com que julgais sereis julgados". Notou a reciprocidade? Sabe o por quê dessa reciprocidade? Alguém ou alguma coisa me julgaria? A resposta é não. Ninguém julga o julgador, o julgador julga a si mesmo através do outro. Existe uma grande verdade por trás disso. Esta verdade é que todo aquele que fala na verdade está a falar de si mesmo.


Que amor há no julgamento? Não há amor nisso, apesar de o julgamento se manifestar dentro do amor. Afinal de contas tudo, absolutamente tudo o que acontece no universo, é a manifestação do amor.


Julgar é medo e medo é não aceitar algo, é resistir a ele. Se pararmos para observar as pessoas que julgam, ou seja, as pessoas que lutam contra algo ou alguém, estão sempre a passar alguma dificuldade. Pode ser doenças, mal-estar, infelicidades, dores, depressões, infecções de todas as espécies. Será que elas estão a ser punidas por que estão a julgar? Não, não estão, tudo o que está a ocorrer com elas é reflexo do modo de como elas vêem o mundo. Nosso corpo e nossa mente reflete o modo de vermos o espaço ao nosso redor. É por isso que aquele sábio nos tem dito para que nós não julguemos. Ao julgarmos o mundo a nossa volta, nós estamos a nos separar da vida, mesmo que a vida nunca se separe de nós, isso é impossível. Mas temos a falsa sensação de que estamos separado e o corpo reflete a ausência dessa conexão, por isso ele se deteriora e perece.


Paremos de ver as coisas como certas ou erradas, as coisas simplesmente são. Hum! Isso mesmo as coisas são simplesmente o que são. E o que as coisas são? As coisas ao nosso redor são apensas manifestações, e é assim que elas são, não devem ser julgadas.  O que existe então? Precisa existir algo? Bem existe sim existe a "escolha", essa sim existe, nós escolhemos fazer isso o aquilo. Mas muitas vezes o resultado pode parecer estranho, mas ainda continua a ser a nossa escolha. E se a nossas escolhas forem desastrosas? Bem não existe tal coisa como desastroso, tudo tem um propósito, e o propósito para aquilo que chamamos de desastroso é um ganho desde que não o julguemos ou não nos arrependamos de tê-lo escolhido. Que ganho? O maior dos ganhos, o desapego de tudo o que acontece ao nosso redor é aqui que nasce o amor. O amor é desapegado, o amor não pode ser explicado, o amor não pode ser  dado, muitas vezes quando a gente diz que precisamos dar o nosso amor, estamos a dizer que manifestemos o nosso amor, para ser mais claro, deixemos que o amor se manifeste em nós. Para isso, nós precisamos, deixar a dicotomia do certo errado, para trás. A vida, ou seja, o amor, não segue nenhum do dois caminhos, a vida não gosta de caminhos, ela gosta de campos abertos para poder correr por onde quer sem limitações.


Sejamos amor então, não sigamos mais esta estrada limitante de duas vias, e entremos no mundo off-road da vida, isso mesmo, a vida é aventureira, não tem tração nas quatro rodas, pelo contrário a tração dela é multi.

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