Vergonha
Publicado em 24 de junho de 2012 às 19:49:32
Todos em algum momento experienciamos a energia da vergonha. Ela não é nobre, é uma energia do medo. Esse tipo de energia nos paralisa, nos sufoca, nos faz vacilar. Isso é falta de amor.
Sentir vergonha de algo ou de alguém é una verdade não aceitar a si mesmo e com isso tememos que os outros também não nos aceite. Nota-se que a energia da vergonha anda de braços dados com a energia do julgamento.
A energia da vergonha não é natural, ela não nasce conosco, ela nos é ofertada pelo meio em que vivemos. Na maioria das vezes a recebemos de nossos pais e, por amor a eles, a aceitamos de bom grado. A crena coletiva, ou seja, a crença da humanidade também contribui.
Pensa-se que a anergia da vergonha traga algum benefício para aqueles que se intitulam humanos. Mas nela não há senão sofrimento. É reprimir a si mesmo. É tentar se esconder de si mesmo e pensar estar a se esconder do outro. É negar a si mesmo o direito de ser no intuito de se adequar a alguma regra humana de origem egoica plena de julgamentos.
Não é de se admirar que se sofra tanto. No baile da vida estamos a nos mover pelos cantos, talvez por medo. Que prazer há em se fazer isso? Vá para o meio do salão! É no centro onde a vida se mostra em toda a sua plenitude. Vá! Dance conforme a música. Não cruze os braços por não apreciar o rítimo. Festas não devem ser levadas a sério. É diversão! É diversão!
No baile da vida há de se bailar despido tal qual uma criança. Vai tira o manto da vergonha! Vá para o meio do salão, sem apreensões, sem julgamentos. Simplesmente bailar pelo prazer de bailar. Isso é se entregar ao agora, o agora é a vida.
Não há de quem se ter vergonha. Não há de quem se esconder. Há somente nós no salão. Somos um e a mesma coisa. Estávamos a nos esconder e sentir vergonha de nós mesmos. Tudo isso por procurar a aceitação e aprovação externa. Não há externo, tudo se encerra dentro. O que vemos como o outro é na verdade nós mesmos. Aceitar a si mesmo é o mesmo que aceitar o outro e o contrário também o é.
Abandonemos a energia da vergonha e acolhamo-nos a nós mesmos incondicionalmente. Isso é amor. Ama-te a ti próprio!