A fé que liberta
Publicado em 09 de dezembro de 2014 às 11:07:45
Fé é uma coisa boa, aliás o que não não é mesmo? Até coisas que consideramos ruins encerram dentro de si um grande bem. Tudo que acontece tem seu propósito e esse propósito é sempre trazer o novo, elevação. Mas como temos sempre escolhas muitas vezes nos posicionamos de tal forma que não nos elevamos.
A fé que liberta é aquela que nos livra das amarras de tudo aquilo que estático é, de tudo que foi pré concebido, seja por nós ou pelo meio em que vivemos. A única fé que liberta verdadeiramente é a fé em si mesmo. Pretensão? De forma alguma! Isso é amor a si mesmo. Se tivermos uma fé voltada a algo exterior a nós nos tornaríamos dependentes. A pergunta é: Que liberdade há na dependência? Se afirmarmos que existe alguma liberdade na dependência poderíamos dizer que somos loucos a ponto de sequer ver o óbvio, mesmo que tão explícito.
Cultuar coisas externas a nós também é um ato de demência. Cultuar a si mesmo seria melhor mas mesmo isso é loucura pois não precisamos adular a nos mesmos como que haveríamos de presentear a nós mesmos com alguma bem-aventurança.
A fé em si mesmo é um sinal de amadurecimento. É um momento no qual nos tornamos mais responsáveis pela nossa vida, pela nossa realidade, pela nossa paz. É quando começamos a manifestar a nossa deidade. Sim, parece insano, mas é preciso ser insano para manifestar a sacralidade de si mesmo.
Aqueles que foram considerados sábios pelos povo era aos olhos dos doutores da lei como loucos, insanos e perigosos. Noticiavam a grandeza humana, a verdadeira natureza do ser humano.
A fé que nos faz levantar os ombros, erguer os olhos e dizer que não mais entregarei o meu poder pessoal, o poder de estar bem e em paz nas mãos de nada e nem ninguém no universo. Eu sou responsável por mim mesmo e por tudo aquilo que experiencio.
A fé em si mesmo é a fé justa e soa como justa e amorosa. A fé em si mesmo é um ato de amor e quem si ama é capaz de amar os outros. Por quê não amar?